O nosso cérebro tem uma grande capacidade de se mudar, adaptar e moldar ao nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento neuronal e quando sujeito a novas experiências. Esta função chama-se neuroplasticidade. O cérebro torna-se apto, após um treino adequado, a poder desenvolver funções e ligações neuronais nunca antes imaginadas, que tornam possível a existência de mudanças e novas aprendizagens durante toda a nossa vida.
Segundo uma célebre frase do neurocientista espanhol Santiago Ramón y Cajal “cada pessoa, se assim se propuser, pode tornar-se num escultor do seu próprio cérebro”. Graças aos últimos desenvolvimentos em técnicas de neuro-imagem, sabemos agora muito mais acerca do desenvolvimento e funcionamento do cérebro.
Exercitar o cérebro parece, pois, uma estratégia decisiva, juntamente com outros agentes de mudança, que têm cada vez mais relevância nos tempos modernos, como sejam a nutrição, o exercício físico, a gestão emocional, o desenvolvimento pessoal.
E é aqui que o Mindfulness poderá fazer muita diferença, oferecendo estímulos positivos ao nosso cérebro, criando novos circuitos neurais, que podem conduzir as nossas vidas a contextos e relações mais saudáveis, quer com os outros, quer com nós próprios.
Mindfulness é uma forma de cuidar de nós e quando cuidamos de nós, tornamo-nos mais conscientes, disponíveis, cooperantes, tranquilos, criativos, ativos, focados…
O treinamento da atenção, do stress, da memória, da capacidade visual e espacial, das emoções, mesmo as mais desafiantes, da metacognição (a habilidade de reflectirmos sobre os nossos próprios pensamentos e emoções) são algumas das competências em que podemos “exercitar” os nossos “músculos mentais”.
Ana Vale, Professora de Mindfulness
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